Equipe Da Thermo Fisher Dá Treinamento No CTVacinas

CTVacinas recebe treinamento internacional para equipamento sofisticado

O CTVacinas passou por uma série de treinamentos– para reforçar ainda mais a plataforma de Espectrometria de Massas. O Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG conta com equipamento diferenciado, o espectrômetro de massas Orbitrap Exploris 240, que desempenha papel importante no desenvolvimento de imunizantes.

Um dos treinamentos foi realizado pela Thermo, empresa responsável por desenvolver o equipamento. “É uma área que está crescendo muito mundialmente, é um tipo de análise complexa de um tipo de amostra complexa que necessita de um equipamento extremamente poderoso. São pouquíssimos desse no Brasil e, para esse tipo de amostra é necessário um equipamento com uma resolução altíssima, como a de esse espectrômetro de massa”, afirma Luiz Fernando Santos, do setor de Desenvolvimento de Negócios para Proteômica da Thermo.

A responsável por dar o treinamento foi a estadunidense Patience Sanderson, Especialista de Aplicação em Proteômica.

“A gente trouxe uma especialista de fora do país, focado nessa área, porque esse equipamento é muito raro. Há um ganho técnico da parte operacional do equipamento, mas, mais do que isso, da equipe para interpretar os resultados que o equipamento vai gerar”, complementa Santos.

O outro treinamento recebido pelo CTVacinas para implementação e otimização de novos métodos contou com a parceria da Nova Analítica. Júlio César Cardoso Silva, Químico de Aplicação da Nova Analítica, foi responsável pelo treinamento da equipe e adequação da plataforma para análises que ampliam as possibilidades de uso do espectrômetro.

Equipe da Nova Analítica com pesquisadoras do CTVacinas

Júlio Cesar, Químico de aplicação da Nova Analítica com Diana e Isabela pesquisadoras do centro da UFMG (CTVacinas/Divulgação)

Tecnologia de ponta

“A plataforma de Espectrometria de Massas do CTVacinas conta com equipamentos de última geração nos quais é possível caracterizar e monitorar a qualidade dos candidatos vacinais em estudo”, explica a pesquisadora responsável pela plataforma, Diana Paola Gómez.

“Algumas análises que são feitas no espectrômetro incluem sequenciamento da estrutura primária de proteínas, detecção de modificações pó-traducionais (PTMs), identificação de proteínas da célula hospedeira e detecção de impurezas, dentre outras análises”, complementa Diana.

Diana Gómez, pesquisadora responsável pela plataforma de espectrometria de massas

Diana Mendoza é a responsável pela plataforma (CTVacinas/Divulgação)



O espectrômetro de massas do CTVacinas foi adquirido em 2022.

“É um equipamento de alto desempenho que permite fazer a identificação e quantificação de proteínas de forma geral, além de auxiliar na caracterização das proteínas que são utilizadas como IFA das vacinas que estão em estudo aqui no CTVacinas”, contextualiza Diana.

Estrutura

Por causa da complexidade, há a necessidade de uma rede elétrica estabilizada apenas para o equipamento, que conta com bomba de vácuo, gerador de nitrogênio e servidor para análise e armazenamento dos dados.

A plataforma de espectrometria conta ainda com um HPLC, um outro equipamento que permite fazer a análise de pureza das proteínas e dos adjuvantes usados para formular a proteína.

Espectômetro de massas com as luzes ligadas

Sofisticado, o espectrômetro de massas é mais um diferencial da infraestrutura do centro da UFMG (CTVacinas/Divulgação)



O CTVacinas, portanto, é um dos únicos centros brasileiros a oferecer esse serviço, que leva características importantes para os critérios solicitados pela Anvisa na hora de aprovar uma vacina.

Como funciona

Segundo Diana Gómez, com a aferição da massa exata da molécula é possível determinar a identidade e quantidade de um composto químico ou uma biomolécula como uma proteína.

Diana Mendoza mexe no espectômetro de massas

Existem menos de cinco equipamentos desse porte no Brasil (CTVacinas/Divulgação)



“A amostra de interesse é injetada no espectrômetro via cromatografia líquida e posteriormente ionizada para ser analisada em fase gasosa dentro do espectrômetro. O resultado é convertido em espectros de massa que são analisados com ajuda da bioinformática”, explica Diana.

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