Isabela Pereira Opera Espectrômetro De Massas

CTVacinas avança na tecnologia de desenvolvimento de vacinas brasileiras

CTVacinas une forças para refinar e aprimorar processo essencial para que um imunizante inicie os testes clínicos, ou seja, em humanos, e chegue até os braços da população: a quantificação de ativos em adjuvantes vacinais.

Os processos do desenvolvimento de imunizantes passam por rigorosas etapas: desde o início dos estudos até a aplicação na fase de teste em humanos. Uma delas é o controle para garantir a qualidade da vacina que será aplicado em um voluntário.

“Essa é uma etapa primordial para que uma vacina consiga chegar em uma fase de estudo clínico como está hoje, por exemplo, a SpiN-Tec [a primeira vacina 100% brasileira a chegar nesse estágio, a dos testes em humanos]”, explica Isabela Pereira, coordenadora da plataforma de testes analíticos do CTVacinas.

Mãos operam em laboratório
Análises e testes em imunizante são feitos pela Plataforma de Testes Analíticos (CTVacinas/Divulgação)

Controle de qualidade em vacinas

Todas as análises e testes realizados em um imunizante, durante o seu processo de desenvolvimento, fazem parte do controle de qualidade das vacinas – função e responsabilidade conferidas à Plataforma de Testes Analíticos.

“Nessa plataforma fazemos testes analíticos para controle de qualidade tanto de adjuvantes, quanto de vacinas e de insumos farmacêuticos ativos. Para fazer esses testes, a gente precisa desenvolver métodos de análise”, explica Isabela Pereira.

Entre as diferentes análises essenciais, está a quantificação dos ativos em adjuvantes, componente primordial das vacinas. O método desenvolvido e adotado pelo CTVacinas contou com uma consultoria especializada em parceria com Miller Pulito Rufino, especialista na área com mais de 10 anos de experiência.

Miller Pulito Rufino e Isabela Pereira
Miller Pulito Rufino prestou consultoria ao futuro Centro Nacional de Vacinas (CTVacinas/Divulgação)

“Existem alguns componentes que compõem um adjuvante – esses adjuvantes formam a estrutura de uma vacina. A quantificação serve justamente para fazer o controle de qualidade das vacinas e ter uma certeza dos componentes e proporções que estão sendo colocados ali”, explica Miller.

“Quando a gente trata de vacina, qualquer erro na concentração pode levar a não eficácia, como pode ser perigoso, trazer um problema. Então a gente usa uma técnica mais precisa e exata para ter uma certeza daquilo que está compondo a vacina”, reforça a importância do método o especialista fundador do perfil @cromatografando, no Instagram.

Miller Pulito Rufino e Isabela Pereira trocam informações
Miller Pulito Rufino e Isabela Pereira (CTVacinas/Divulgação)

Afinal, qual o método utilizado pelo CTVacinas?

Existem diferentes formas de fazer essa análise. A principal delas é através do HPLC, ou seja, Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, em tradução livre.

O HPLC se trata de um método de separação de compostos químicos em solução. Ele é utilizado na química analítica para identificar e quantificar cada componente em uma mistura – neste caso, os componentes de uma vacina.

Miller Pulito Rufino e Isabela Pereira conversam durante consultoria
Plataforma de Testes Analíticos se aperfeiçoa com consultoria (CTVacinas/Divulgação)

“A Cromatografia Líquida de Alta Eficiência traz mais exatidão nos resultados. Temos outras formas de fazer essa medição, mas elas são mais imprecisas – então, a gente tem uma variabilidade maior. Quando a gente aplica técnicas mais refinadas, conseguimos ganhar mais precisão e exatidão, o que melhora muito a qualidade”, explica Miller.

Para o CTVacinas, a troca de conhecimento é uma união de forças para melhorar os desenvolvimentos de vacinas no Brasil.

“A vinda do Miller propiciou maior conhecimento para desenvolvimento de métodos que vão enriquecer as nossas técnicas de análise para o controle de qualidade e, com isso, a gente consegue desenvolver métodos com mais agilidade, mais expertise e mais assertivos para gerar um controle de qualidade mais efetivo para que isso possa realmente virar uma vacina que vai chegar ao mercado”, finaliza Isabela Pereira, coordenadora de plataforma do CTVacinas.

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