O Grande Prêmio UFMG de Tese, a maior distinção da Universidade, é de Bianca de Oliveira, pesquisadora do CTVacinas. O trabalho da estudiosa foi selecionado como o melhor da grande área de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde e Ciências Agrárias.
A tese da pesquisadora contempla todas as etapas do desenvolvimento de uma vacina ainda inédito contra leishmaniose visceral humana e já havia sido reconhecida com o Prêmio de Melhor Tese do Departamento de Bioquímica e Imunologia.
“Sinto-me profundamente honrada em receber os prêmios, reflexos da potência da UFMG e das mentes que, nessa instituição, dedicam-se a ampliar os limites do conhecimento e a contribuir para o avanço da ciência”, vibrou Bianca de Oliveira.
O prêmio foi distribuído durante a 33ª Semana do Conhecimento, no auditório da Reitoria da UFMG, pela própria reitora, Sandra Regina Goulart Almeida.
“Hoje homenageamos não apenas aquelas pessoas que se destacaram em suas áreas no ano de 2023, mas também todos e todas que construíram esta história e este legado do qual tanto nos orgulhamos”, afirmou durante a solenidade da 17ª edição do Prêmio UFMG de Teses, criada em 2006.
Vacina inédita
A expectativa é de que a tese premiada se torne na primeira vacina, em todo o mundo, contra leishmaniose visceral humana. A documentação para a avaliação da Anvisa deve ser enviada nos próximos dias para que, então, os testes em humanos comecem em 2025.
“A tese tem um cunho interessante porque começa com a pesquisa básica, a identificação de uma nova proteína da leishmaniose, que serve para vacina. E aí ela constrói uma proteína quimera, desenvolvida até chegar a uma vacina terapêutica para a leishmaniose visceral”, reforça o coordenador do CTVacinas, Ricardo Gazzinelli, orientador de Bianca de Oliveira.
Talento
Gazzinelli ainda exalta outra iniciativa da pesquisadora: a criação da startup FluOne – “Flu” de influenza e “One” de One Health, que se refere a uma abordagem integrada que reconhece a conexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental.
“A FluOne foi selecionada no programa Inova UFMG. Tudo isso é consequência da formação do doutorado, que não só ganhou o Grande Prêmio de Teses, como já abriu uma gama de oportunidades com a criação da startup para trabalhar com questões de epidemia e pandemia relacionadas a influenza”, finaliza.