O Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG, o CTVacinas, novamente foi um dos destaques no principal congresso de imunologia do Brasil, promovido pela SBI (Sociedade Brasileira de Imunologia) em Fortaleza, no Ceará.
O evento reuniu dezenas de especialistas de todos os cantos do Brasil e, também, do mundo, com palestrantes da Argentina, Bélgica, Estados Unidos, França, Singapura e Suécia.
“Embarque em uma jornada fascinante no NeuroImmunology 2024, onde mentes importantes de todo o mundo, tanto estrelas brilhantes quanto em ascensão, convergirão em Fortaleza. Prepare-se para mergulhar no coração de um campo florescente que preenche a lacuna entre a imunologia e as neurociências: a neuroimunologia”, reforçou presidente do comitê organizador do congresso, Moisés Bauer.
O CTVacinas, por sua vez, foi representado por um grupo de cinco pesquisadores.
“Levamos trabalhos desenvolvidos aqui no centro. O congresso foi um sucesso: como já é de praxe, com o CTVacinas enviando pesquisadores para os principais eventos no Brasil e no mundo”, resume Gregório Almeida, um participantes e líder da Plataforma de Ensaios Clínicos.
O grupo compartilhou, em apresentações orais e por pôster, os avanços da SpiN-TEC, a primeira vacina 100% brasileira a chegar aos testes em humanos, e imunizantes inéditos contra dengue e malária.
Gregório Almeida apresentou para os congressistas os resultados da fase 1 dos testes clínicos da SpiN-TEC.
Confira os detalhes das outras apresentações!
Flávia Bagno
Líder da Plataforma Testes Imunoquímicos do CTVacinas, Flávia foi responsável por apresentar o estudo sobre a resposta imune da vacina SpiN-TEC, comparada a imunizantes já disponíveis no mercado.
“Apresentei um pôster com os dados do estudo clínico de fase 1 da SpiN-TEC, focando na resposta imune de anticorpos circulantes, área em que atuo. Mostrei os dados após um ano de acompanhamento dos participantes”, explica Flávia.
“Observamos a caracterização da resposta imunológica em termos de subclasse de anticorpos e subunidade da vacina. A SpiN-TEC demonstrou um padrão de resposta similar ou superior ao da vacina comparadora, que é a vacina importada. Ou seja, a SpiN-TEC foi equivalente ou superior em todos os parâmetros avaliados, e esses dados foram fundamentais para conseguirmos a aprovação para a fase 2”, completa a pesquisadora.
Natália Pereira
Natália foi a porta-voz do estudo sobre a malária.
“No meu mestrado, investiguei principalmente a imunologia básica da malária. Apresentei descobertas interessantes sobre o papel de um receptor que modula a resposta imune dentro do contexto da malária. Os resultados foram apresentados no formato de pôster”, relata Natália.
Sarah Rodrigues
Sarah foi responsável por detalhar os desenvolvimentos das vacinas contra a dengue.
“Apresentei atualizações sobre o andamento do projeto de desenvolvimento da vacina contra a dengue. Nosso objetivo era entender melhor o mecanismo de proteção que conseguimos observar na vacina”, explica Sarah.
“Mostrei as teorias por trás desse mecanismo, como ele funciona e por que está funcionando”, completa Sarah.
Bruno Valiatti
Bruno também abordou a SpiN-TEC: apresentou os dados que demonstram que o imunizante em desenvolvimento pode ser um excelente reforço vacinal.
“No meu trabalho, mostrei que as células de pessoas vacinadas com outras vacinas já usadas, como Coronavac, AstraZeneca e Pfizer, respondem bem à SpiN-TEC, gerando respostas celulares e humorais em camundongos previamente vacinados com essas vacinas comerciais e reforçados com a SpiN-TEC”, finaliza Bruno.