Andy Pollard fala durante CHIM Brazil

Da África à Europa, de dengue a malária: Cientistas reforçam êxito do CHIM pelo planeta

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Experiências exitosas em continentes diversos – como Europa, Oceania e África – e contra doenças diversas, como dengue, zika e malária. Esse foi o resumo do primeiro de dois dias do seminário internacional sobre infecção humana controlada, ou CHIM, na sigla em inglês.

O evento sobre o tema, realizado pela primeira vez no Brasil, reúne referências globais nesse procedimento que causa infecções propositais e seguras para agilizar e tornar mais eficiente o desenvolvimento de vacinas.

Mesa de abertura do simpósio internacional CHIM
Simpósio realizado na UFMG reúne referências globais em infecção controlada (Virgínia Muniz/CTVacinas)

O CHIM Brazil começa às 8h45 desta sexta-feira, no CAD2 (Centro de Atividades Didáticas) da UFMG, e você pode acompanhar toda a programação ao vivo, até o fim do dia, pelo canal do CTVacinas no YouTube.

Confira a programação completa aqui.

Capital do CHIM

Belo Horizonte é, até amanhã, a capital mundial dos debates sobre infecção humana controlada.

A cidade mineira foi palco hoje da abertura do seminário internacional, que contou com o pró-reitor da UFMG, Fernando Reis, e o diretor de grupo responsável pelo desenvolvimento da AstraZeneca, Andrew Pollard, da Universidade de Oxford.

“Estrelas do mundo inteiro estão aqui, tanto na área científica, quanto nas áreas de engajamento e ética. A UFMG está trazendo uma informação qualificada ao Brasil que pode fazer muita diferença na ciência nacional”, afirma o organizador do evento, Helton Santiago, diretor científico do CTVacinas e professor da UFMG.

Helton Santiago fala durante CHIM
Helton Santiago, organizador do CHIM Brazil e professor da UFMG (Virgínia Muniz/CTVacinas)

Santiago, Pollard, Georg Hollander, também professor da Universidade de Oxford, Lucas Oliveira (UFMG) e Daniela Ferreira (Oxford) abriram o seminário ao compartilhar uma perspectiva histórica e de futuro do CHIM.

Na primeira parte, Angela Minassian (Oxford), Wanlapa Roobsoong (Mahidol) e Rodney Ogwang (KEMRI Oxford/Kenya) detalharam desenvolvimentos de vacina contra malária.

“Palestrantes ilustres falaram sobre modelos de malária, a importância da infecção humana para o desenvolvimento da vacina, o que é muito importante para o contexto brasileiro, onde a malária causada pelo Plasmodium Vivax mata muita gente”, reforça Daniela, também responsável pelo simpósio, professora de Oxford e primeira mulher a chefiar o maior departamento da Escola de Medicina Tropical de Liverpool.

Dengue, zika, esquistossomose e mais

A experiência do uso do modelo de infecção humana controlada para o combate de outras doenças também foi compartilhada.

Anna Durbin, professora da Johns Hopkins University (EUA), por exemplo, detalhou o desenvolvimento de desafio humano para dengue e zika.

“No modelo para dengue, foram utilizados dois isolados naturalmente atenuados – DENV2 Toga/74 e DENV-3 Slemen/78. Identificamos, através de estudo randomizado e duplo-cego, que ambos os vírus induziram sinais clínicos moderados e viremia em 100% dos participantes”, afirmou a pesquisadora.

Durbin reforçou o acompanhamento rigoroso recebido pelos participantes durante todo o estudo. A especialista também detalhou o modelo para zika, que, novamente, observou a recuperação plena dos voluntários, sem registro de eventos adversos graves.

O primeiro dia de simpósio ainda contou com os palestrantes (clique no nome para assistir à palestra na íntegra):

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